O promotor responsável pelo caso, Silvio Antonio Marques, acolheu uma representação do mandato coletivo Bancada Feminista do PSOL e decidiu investigar as ações do prefeito. Em julho de 2023, Nunes retirou cerca de R$ 329,9 milhões do orçamento destinado à construção de terminais de ônibus e transferiu para operação tapa-buracos. Posteriormente, mais R$ 220 milhões foram transferidos para o recapeamento, utilizando recursos de oito órgãos municipais.
A gestão de Nunes tem investido na revitalização da malha viária como uma das principais vitrines para sua tentativa de reeleição em outubro deste ano, prometendo investir R$ 1 bilhão para recuperar milhões de metros quadrados de asfalto. No entanto, dados da Ouvidoria da prefeitura mostram um aumento de 25% no registro de reclamações por problemas com buracos no asfalto no primeiro trimestre deste ano.
O serviço de tapa-buracos realizado pela gestão de Nunes já vinha sendo questionado pelo Tribunal de Contas do Município desde o ano anterior. Um relatório apontou falhas nas obras, como variação geométrica da superfície e defeitos na pista, levantando dúvidas sobre a eficácia das intervenções realizadas. Além disso, uma pesquisa do Datafolha indicou que os buracos no asfalto são o problema mais lembrado pelos moradores de São Paulo, com 84% dos entrevistados reportando a existência de buracos em seus bairros nos últimos 12 meses.
Diante desses desafios e polêmicas, a Prefeitura de São Paulo ainda não se manifestou publicamente sobre as investigações em curso. A população aguarda por respostas e soluções para os problemas relacionados às obras de recapeamento e tapa-buracos na cidade.