Conab exige comprovação de capacidade técnica das empresas vencedoras do leilão de arroz do governo em controversa operação.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está exigindo uma comprovação da capacidade técnica das empresas vencedoras do leilão de arroz do governo federal para a compra e distribuição dos produtos. Após o leilão ter sido questionado, especialmente pela oposição ao presidente Lula (PT) e pelo agronegócio, a Conab decidiu rever a situação e garantir a transparência e segurança jurídica do processo.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva comprou 263,3 mil toneladas de arroz importado por R$ 1,3 bilhão, com o objetivo de amenizar os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul sobre o abastecimento e os preços do cereal. No entanto, a maior arrematante do leilão foi uma empresa de nome Wisley A. de Souza, que adquiriu 147,3 mil toneladas de arroz. Essa empresa, conhecida como Queijo Minas, tem como único sócio uma pessoa com esse nome e capital social de R$ 5 milhões, com um endereço registrado no centro de Macapá, capital do Amapá.

Por outro lado, a segunda menor arrematante foi a ASR Locação de Veículos e Máquinas, sediada em Brasília. Seu único sócio, Crispiniano Espindola Wanderley, tem mais de dez anos de experiência e afirmou que a empresa já venceu outros leilões da Conab com sucesso. No entanto, Wanderley foi citado em uma investigação envolvendo o atual deputado federal Alberto Fraga (PL-DF), onde teria feito um pagamento de propina para fechar um contrato.

Diante dessas questões, a Conab anunciou que irá convocar as Bolsas de Mercadorias e Cereais para garantir a documentação e a capacidade técnica das empresas envolvidas no leilão. A transparência e segurança jurídica são princípios fundamentais para a Conab, que está atenta para manter a solidez dessa grande operação. A revisão do processo garante que somente empresas com capacidade e idoneidade participem do leilão e assegura a lisura e efetividade das transações governamentais.

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