Apesar do declínio em relação aos resultados de 2019, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) obteve pouco mais de 16% dos votos, demonstrando um crescimento significativo. Por outro lado, os Verdes e os Democratas Livres, membros da coalizão de Scholz, viram seu apoio diminuir nas urnas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou satisfação com o desempenho do bloco conservador, enquanto Kevin Kühnert, dos Social-Democratas, reconheceu a derrota e prometeu recuperação. Por sua vez, Alice Weidel, da AfD, destacou o sucesso do partido como um reflexo do crescente ceticismo em relação à Europa.
Durante a campanha eleitoral, houve disputas dentro da coalizão governante em relação ao orçamento de 2025 e regras rígidas sobre endividamento, refletindo um cenário de desacordos internos e dificuldades econômicas. Friedrich Merz, da CDU, descreveu os resultados das eleições como “desastrosos” para a coalizão, interpretando-os como um aviso antes das eleições nacionais de 2025.
Com a Alemanha detendo o maior número de assentos no Parlamento Europeu, torna-se evidente a importância dessas eleições para o panorama político do país e da União Europeia como um todo. As repercussões dos resultados certamente serão observadas nos próximos anos, à medida que o cenário político alemão se redefine e se prepara para novos desafios e eleições.