Um dos possíveis nomes que podem constar na lista tríplice é o juiz federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que conta com o apoio dos ministros Flávio Dino e Gilmar Mendes. Outro nome bastante cotado é Carlos Brandão, também do TRF-1 e apadrinhado pelo ministro Nunes Marques. A escolha entre Bello e Brandão pode gerar conflitos dentro do STF, pois desagradaria a alguma ala do tribunal.
Além desses nomes, o desembargador Rogerio Favreto, do TRF-4, também tem sido mencionado com frequência. Próximo das lideranças do PT, Favreto ficou conhecido por proferir uma decisão controversa em 2018, que resultou na soltura de Lula, posteriormente revogada. Se o presidente Lula optar por nomear Favreto, poderá ser acusado de aparelhamento do STJ.
A lista tríplice, composta por desembargadores selecionados pelo STJ, deve ser enviada a Lula ainda neste semestre, para que o presidente faça a sua escolha. Essa decisão é crucial, uma vez que o novo ministro terá um papel fundamental no tribunal e suas decisões influenciarão diretamente o cenário jurídico do país.
Diante desse cenário delicado, Lula terá que fazer uma escolha estratégica e política, levando em consideração os interesses do partido, as pressões do STF e a necessidade de garantir a independência e a imparcialidade do STJ. A decisão final do presidente será aguardada com expectativa e poderá ter repercussões significativas no meio político e jurídico do Brasil.