Até a última quinta-feira, o valor arrecadado através do Pix chegou a R$ 120,9 milhões, dos quais cerca de R$ 51 milhões serão destinados às famílias de baixa renda. Até agora, 10 mil famílias foram beneficiadas em 60 municípios, apesar de o estado abrigar mais de 1,1 milhão de famílias nessa situação.
O critério estabelecido para receber o auxílio é estar cadastrado no Cadastro Único do governo federal, ter renda de até três salários mínimos, ter sido desalojado ou desabrigado pelas enchentes e não receber outro benefício estadual para vítimas das chuvas. No entanto, a distribuição tem enfrentado críticas, especialmente da deputada estadual Luciana Genro, do PSOL, que aponta que muitas famílias foram excluídas do benefício por não estarem cadastradas no CadÚnico.
O governo Leite justifica a demora nos repasses, afirmando que eles estão sendo feitos de acordo com a capacidade dos municípios para implementar os pagamentos, levando em consideração os danos causados à infraestrutura local pelas enchentes. Além disso, foi criado um cronograma para os pagamentos, que devem ser concluídos até a próxima sexta-feira.
Enquanto isso, a Defesa Civil estadual tem enviado doações de alimentos, água, produtos de limpeza e higiene para os municípios mais afetados. No entanto, o fluxo de doações tem diminuído nos últimos dias, mas os estoques ainda conseguem atender às demandas das prefeituras. A distribuição desses itens tem se concentrado principalmente na região metropolitana de Porto Alegre, incluindo Canoas, Eldorado do Sul e a capital.
A situação segue preocupante para as famílias de baixa renda atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que aguardam ansiosas pela ajuda prometida pelo governo estadual. A demora nos repasses e as críticas à forma como a distribuição está sendo feita são questões que merecem atenção e transparência por parte das autoridades responsáveis.