Durante um evento em Milão, na Itália, Ramuth disse aos jornalistas que uma nova metodologia foi apresentada e que houve uma padronização das aulas. Ele enfatizou que os responsáveis pelos erros já não estão mais no governo e que estão corrigindo o rumo. Segundo ele, o episódio foi pontual e não afeta os projetos do secretário da Educação, Renato Feder.
O material digital, produzido pelo governo de Tarcísio de Freitas e distribuído às escolas estaduais em abril, continha diversas inconsistências, como a afirmação de que a Lei Áurea foi assinada por dom Pedro 2º ao invés da princesa Isabel, e de que haveria praias na capital paulista. Mais de 3 milhões de alunos tiveram acesso ao material, que será confiscado e atualizado.
A saída de Renato Dias faz parte de uma crise maior envolvendo a política de livros escolares no estado. A gestão paulista chegou a cogitar abandonar o Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação, mas acabou desistindo da ideia. O secretário Feder considerou o material superficial e propôs a impressão de livros digitais se necessário.
O governo também rescindiu um contrato para a compra de 200 milhões de livros digitais de literatura sem licitação, devido a problemas de legalidade. Poucos dias depois, a Justiça de São Paulo concedeu uma liminar obrigando o estado a reintegrar o Programa Nacional do Livro Didático.
Felicio Ramuth defendeu a atuação de Renato Feder, dizendo que o governador Tarcísio acompanhou toda a situação e reconhece o trabalho bem-sucedido do secretário no Paraná.
O vice-governador reconheceu que o governo enfrentou resistência em seu plano ousado para a educação, mas acredita que isso servirá como aprendizado para ter cada vez mais diálogo com os envolvidos na área, como associações, grupos de professores e secretários municipais.