De acordo com Lessa, Suel forneceu o carro clonado que foi utilizado na emboscada, mas esse veículo seria destinado para um outro crime no qual Suel estaria envolvido. O ex-PM também isentou Suel de qualquer participação no descarte de peças de armas escondidas em um apartamento, o que levou a condenação do ex-bombeiro a 6 anos e 9 meses de prisão.
A advogada de defesa de Suel, Fabíola Garcia, sempre confiou na inocência de seu cliente em relação ao homicídio de Marielle e Anderson Gomes. Após a delação de Ronnie Lessa, a defesa de Suel afirma que as informações confirmam que ele não teve participação direta no crime.
Lessa, em sua delação, assumiu a responsabilidade pelos disparos contra a vereadora e seu motorista, apontando Domingos Brazão e Chiquinho Brazão como os mandantes do crime, o que ambos negam. Além disso, ele também usou a delação para eximir o ex-vereador Cristiano Girão da responsabilidade de um homicídio e negou ter atuado como segurança do bicheiro Rogério Andrade.
É importante ressaltar que as investigações apontam que Suel foi responsável por manter o envio de dinheiro para as famílias de Lessa e Élcio após suas prisões e que ele teria participado da destruição do carro usado na emboscada. No entanto, Lessa garante que Suel não sabia que Marielle seria o alvo e que o ex-bombeiro estava envolvido em um outro planejamento criminal. A mudança de alvo pode influenciar a situação jurídica de Suel, que pode acabar respondendo apenas pela ocultação de provas se a Justiça entender que ele não teve participação direta no homicídio de Marielle.