Durante a segunda-feira, o Ibovespa oscilou entre 121.495,63 e 122.495,33 pontos, saindo da abertura em 122.099,95 pontos. No acumulado do ano, o índice apresenta uma queda de 9,06%. Com a quarta perda consecutiva, o Ibovespa atingiu seu menor nível desde 13 de novembro, quando encerrou o dia em torno dos 120,4 mil pontos.
A queda nos contratos futuros de petróleo, que chegaram a cair mais de 3% durante a sessão, foi um dos destaques do mercado nesta segunda-feira. Os investidores reavaliaram a decisão da Opep+ de estender os cortes na produção e, segundo operadores, há uma percepção de que o cartel pode aumentar a oferta ainda neste ano, considerando as condições de mercado. Esse cenário impactou negativamente as ações da Petrobras e da Vale, que registraram quedas no pregão.
Por outro lado, os grandes bancos tiveram um desempenho positivo, o que ajudou a equilibrar o efeito das gigantes de commodities sobre o Ibovespa. Destaque para a valorização das ações do Grupo Pão de Açúcar, da Hypera e da LWSA. Por outro lado, Suzano, Dexco e CSN registraram as maiores quedas do dia.
O economista Gustavo Corradi Matos destacou que o mês de maio foi marcado por volatilidade significativa, com o Ibovespa sofrendo uma reprecificação devido a expectativas de aumento da taxa de juros e inflação desancorada. No entanto, as perdas acumuladas abriram oportunidades para compras na Bolsa brasileira, o que foi observado nesta segunda-feira.
Apesar de um início ruim na B3, os dados econômicos americanos contribuíram para a busca por ativos de emergentes, como ações e moedas. No entanto, o dia acabou com um ajuste negativo para o Ibovespa, que fechou em queda. A analista Larissa Quaresma ressaltou que a leitura dos indicadores americanos resultou no fechamento da curva de juros nos EUA, favorecendo ativos de emergentes.
Em relação aos mercados emergentes, a Bolsa mexicana teve uma forte correção devido à confirmação da vitória da candidata Claudia Sheinbaum. Essa movimentação no mercado mexicano pode ter influenciado os investidores a realocarem posições no Brasil. A volatilidade no mercado financeiro tem sido impactada por diversos fatores, como as expectativas de inflação, juros e o cenário político doméstico.
Para o restante do mês de junho, especialistas acreditam que a Bolsa brasileira ainda pode passar por momentos de instabilidade, mas há expectativas de que os dados econômicos e a dissipação de ruídos políticos internos possam trazer um cenário mais favorável para o mercado de ações. A analista Larissa Quaresma destacou que junho pode ser um bom mês para a Bolsa brasileira, desde que os indicadores econômicos continuem surpreendendo positivamente.
Em resumo, a semana começou com um mercado financeiro brasileiro em busca de equilíbrio entre os diversos fatores que têm impactado as negociações. A volatilidade segue como uma característica marcante, mas há expectativas de que a retomada econômica e a estabilização de alguns indicadores possam trazer mais confiança aos investidores. É importante ficar atento às movimentações internas e externas, que continuam influenciando o mercado acionário brasileiro.