Os abalos foram registrados no extremo norte da região conhecida como Península de Noto e foram seguidos por vários tremores menores em um intervalo de duas horas, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA). Apesar da atividade sísmica, não houve a ocorrência de tsunamis.
Na cidade de Wajima, cinco casas que já tinham sido danificadas pelo terremoto de janeiro desabaram, porém sem causar grandes danos ou ferimentos graves. Em outra localidade, o alarme de terremoto acabou assustando uma senhora de 60 anos, que caiu da cama, mas sem maiores consequências.
O oficial de sismologia e tsunami da JMA, Satoshi Harada, alertou os moradores da região para ficarem atentos, especialmente próximos a edificações que já foram danificadas anteriormente. Além disso, houve a suspensão temporária do sistema de trens-bala e de outros serviços ferroviários, mas a maioria já voltou a operar normalmente.
A Autoridade de Regulamentação Nuclear do Japão (NRA) informou que não foram encontradas irregularidades nas duas usinas próximas à região dos terremotos. A reconstrução na região avança lentamente e, ainda há mais de 3.300 residentes fora de suas casas, mostrando a vulnerabilidade da região a novos abalos sísmicos.
Os moradores estão apreensivos com a possibilidade de novos terremotos, relembrando o impacto do tremor de janeiro que tirou a vida de 260 pessoas e deixou outras desaparecidas. A reconstrução das áreas devastadas continua sendo um desafio para as autoridades locais, que agora temem a repetição de uma tragédia semelhante em apenas cinco meses.