Essa redução no ritmo de crescimento está diretamente ligada aos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul. As empresas na região tiveram que fechar as portas temporariamente, o que resultou em uma retração na demanda, prejudicando o crescimento das vendas e a produção. A S&P destacou em nota esses efeitos negativos das enchentes.
Apesar desses desafios enfrentados por empresas diretamente afetadas, o setor industrial mostrou resiliência. Os níveis de compra, emprego e crescimento de novos negócios se mantiveram estáveis, de acordo com Pollyanna Lima, diretora associada de Economia da S&P.
A expectativa é que, com a recuperação gradual da região afetada pelas enchentes, o setor industrial se fortaleça nos próximos meses. A criação de empregos em maio foi impulsionada pelas previsões otimistas em relação à produção futura.
Além disso, os custos no setor industrial aumentaram, principalmente devido ao aumento nos preços de commodities, fragilidade cambial e elevação dos preços dos fretes. Os participantes da pesquisa apontaram essa pressão nos custos como a maior desde agosto de 2022.
Com relação aos empregos, a aceleração na criação de vagas reflete a expectativa de uma recuperação da demanda e da produção no médio prazo. As empresas estão confiantes de que os esforços de socorro, investimentos e lançamento de novos produtos irão apoiar a demanda nos próximos meses.