Durante a vistoria, foram encontrados vestígios que poderiam ser artefatos utilizados em cerimônias e atividades de religiões de matriz africana, de acordo com informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A região do Bixiga e da Liberdade, que também possuem uma história ligada à população negra da capital paulista, foram os únicos pontos do traçado da linha laranja em que não haviam sido realizados estudos arqueológicos prévios.
A concessionária Move São Paulo, responsável pelas obras na época, solicitou ao Iphan a dispensa de estudos nessas regiões em 2020. Somente após a remoção da escola de samba Vai-Vai, que estava localizada no local, é que a história do Quilombo Saracura foi mencionada no processo de licenciamento para as obras.
No entanto, recentemente, no mês atual, uma nova polêmica envolvendo a obra de construção da linha laranja do metrô de São Paulo veio à tona. Uma cratera surgiu na Avenida Ministro Petrônio Portela, na altura do bairro Freguesia do Ó, resultando em preocupações por parte dos moradores da região.
Esses acontecimentos destacam a importância de uma gestão cuidadosa e atenta em relação às intervenções em áreas sensíveis, como sítios arqueológicos e regiões com relevância histórica. A preservação do patrimônio cultural e arqueológico deve ser uma prioridade em projetos de grande impacto como a construção de novas linhas de metrô.