A onda de violência contra os candidatos tem sido uma característica marcante desta campanha eleitoral, que teve seus comícios encerrados na última quarta-feira. Aproximadamente 100 milhões de eleitores mexicanos estavam habilitados a votar nas eleições, nas quais seriam escolhidos presidente, legisladores federais, governadores e mais de 20 mil cargos locais.
Atos de violência, como a queima de material eleitoral e as ameaças aos funcionários eleitorais, foram citados como motivos para a suspensão das eleições em Pantelhó e Chicomuselo. O clima de insegurança nessas áreas, disputadas por cartéis do narcotráfico, tornou impossível realizar o pleito de forma segura.
A violência eleitoral se intensificou em Chiapas devido às disputas entre os cartéis Jalisco Nueva Generación e Sinaloa, as duas maiores organizações criminosas do México. Desde setembro do ano passado, aproximadamente 25 candidatos foram mortos, incluindo três em Chiapas, evidenciando a gravidade da situação.
O assassinato do candidato a vereador Jorge Huerta Cabrera, em Puebla, apenas 48 horas antes do início das eleições gerais, foi mais um triste episódio que chocou o país. A violência política também atingiu a candidata presidencial Claudia Sheinbaum, que foi brevemente retida por homens encapuzados em abril.
Diante do cenário de violência e insegurança que permeia as eleições no México, as autoridades eleitorais enfrentam o desafio de garantir a realização do pleito de forma pacífica e democrática. O país tem vivenciado um período conturbado, com altos índices de violência ligados ao narcotráfico e à criminalidade, o que representa um desafio para a consolidação da democracia no país.