Além dos chefes dos Poderes, o vice Geraldo Alckmin e vários ministros de Estado do atual governo também estavam presentes. Márcio França, que deixou a pasta de Portos e Aeroportos para chefiar o novo ministério das Micro e Pequenas Empresas, também marcou presença.
O governo tem grandes expectativas para o desfile, que busca transmitir a imagem de pacificação e união do país após os ataques golpistas de 8 de janeiro e o clima de desconfiança com as Forças Armadas. A gestão Lula tem como objetivo ressignificar a data histórica, já que Bolsonaro a utilizava como um sinal de força e proximidade com os militares.
O slogan da cerimônia é “democracia, soberania e união”, e o governo busca recuperar o verde e amarelo como símbolo nacional. Em seu discurso na noite anterior, Lula afirmou que seu governo recolocou o Brasil no rumo da democracia e destacou a importância da união para o país.
Outro objetivo dos organizadores é associar o conceito de democracia com as Forças Armadas, que foram alvo de críticas e investigações após a invasão do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto em janeiro.
Além dos desfiles, os militares realizam uma exposição no gramado central da Esplanada dos Ministérios, que seguirá até domingo, com veículos militares de combate e exibições das ações das três Forças. Os militares também pretendem mostrar suas ações na preservação da Amazônia e no auxílio a comunidades indígenas.
Ao todo, 2 mil militares participarão do desfile em Brasília, que incluirá quatro eixos diferentes de atuação: paz e soberania, ciência e tecnologia, campanhas de vacinação e defesa da Amazônia. A tradicional “pirâmide humana” dos militares do Exército e uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça encerrarão o evento.
Lula expressou o desejo de incluir toda a sociedade nas celebrações do 7 de Setembro, que se tornaram exclusivas das Forças Armadas nos últimos anos. O chefe do Executivo afirmou que os militares se apoderaram das festividades ao longo da história e agora busca fazer um Dia da Independência de todos.
A segurança do evento contará com um efetivo maior do que no ano anterior e a Força Nacional também foi autorizada a atuar. A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) estará presente para garantir a segurança das autoridades do desfile.
Após a cerimônia, o presidente Lula embarcará para a Índia para participar da reunião de cúpula do G20.