Jornalista russo-americana da RFE/RL tem prisão preventiva prorrogada na Rússia, seu marido critica decisão como vergonhosa e cruel.

Nesta sexta-feira, um tribunal russo decidiu prorrogar por dois meses a prisão preventiva de Alsu Kurmasheva, jornalista russo-americana da Radio Free Europe/Radio Liberty (RFE/RL), em uma medida que gerou indignação e revolta em seu marido. A mãe de dois filhos, Kurmasheva reside em Praga e está sob custódia na região russa do Tartaristão, sua terra natal, desde 18 de outubro.

A situação de Kurmasheva é delicada e controversa, uma vez que ela foi inicialmente considerada culpada por não declarar a posse de um passaporte americano, o que é um requisito obrigatório de acordo com a legislação russa. Posteriormente, a jornalista foi acusada de não se registrar como “agente estrangeiro”, crime passível de até cinco anos de prisão, apesar de se declarar inocente da acusação.

Essa sequência de eventos tem preocupado a comunidade jornalística internacional, que vê na detenção de Kurmasheva uma afronta à liberdade de imprensa e um ataque à atuação dos profissionais da área. A RFE/RL, casa em que a jornalista trabalha, também se manifestou sobre o caso, expressando solidariedade e apoio a Alsu Kurmasheva.

A defesa da jornalista está empenhada em demonstrar sua inocência e garantir que ela tenha um julgamento justo e imparcial. Enquanto isso, a família de Kurmasheva e seus colegas de trabalho aguardam ansiosos por sua libertação e o restabelecimento de sua integridade e direitos como jornalista.

O caso de Alsu Kurmasheva destaca a importância da proteção dos direitos dos profissionais da imprensa e reforça a necessidade de garantir um ambiente seguro e respeitoso para o exercício do jornalismo, independentemente de fronteiras e nacionalidades. A comunidade internacional segue atenta ao desenrolar dessa situação e espera por uma resolução justa e humanitária para o caso da jornalista russa-americana.

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