De acordo com os dados da Pnad Contínua, a taxa de desemprego no país caiu de 7,9% no trimestre móvel encerrado em março para 7,5% no trimestre encerrado em abril. Esse é o menor índice para este período do ano desde 2014 e surpreendeu as expectativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam uma taxa de desemprego mais alta. Já o Caged registrou a abertura de 240.033 vagas formais em abril, resultado que superou as previsões e representa o melhor desempenho para o mês na série histórica iniciada em 2020.
A criação de empregos formais tem impactado positivamente a economia, levando a um aumento da massa salarial. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve um crescimento real de 0,8%, chegando a R$ 3.151. Isso demonstra que, com mais pessoas empregadas e vagas de melhor qualidade sendo geradas, a renda média dos trabalhadores também aumenta.
Apesar dos aspectos positivos, especialistas alertam para a pressão sobre a inflação devido ao baixo desemprego e ao aumento dos salários. Essa pressão pode dificultar o corte da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central, que atualmente está em 10,50%. Alguns economistas acreditam que a expansão do mercado de trabalho e o aquecimento da economia devem manter a taxa de desemprego nos níveis atuais ao longo de 2024, exigindo uma postura cautelosa por parte do BC em relação à política monetária.