A proposta de uma educação mediada pela Polícia Militar levanta questionamentos, uma vez que policiais não possuem formação em educação e foram treinados sob códigos de conduta militarista. Colocar policiais dentro do ambiente escolar pode gerar conflitos e não contribuir para o desenvolvimento educacional dos alunos.
A concepção de um modelo cívico-militar baseado na imposição de disciplina pela força vai de encontro aos princípios éticos e de cidadania que devem ser incentivados nas escolas. A presença da PM nas escolas não é vista como a solução para a segurança, mas sim como uma abordagem inadequada para lidar com questões educacionais.
Além disso, a priorização da adesão ao programa em comunidades periféricas e mais pobres levanta questionamentos sobre a percepção dessas regiões como locais perigosos que necessitam de mais policiamento. Em vez de investir em segurança, as escolas precisam de melhorias no setor educacional, valorização dos educadores e implementação de projetos socioeducativos.
Diante desse cenário, é fundamental que o governo repense sua estratégia e priorize medidas que garantam a permanência dos alunos nas escolas, promovam a integração da comunidade ao ambiente escolar e valorizem a educação como um todo. Investir em educação é investir no futuro e no desenvolvimento de uma sociedade mais justa e equitativa.