Estas aves, características do bairro Praia de Belas, são comumente encontradas próximas ao curso d’água do arroio Dilúvio, de onde provavelmente migraram durante a inundação. Com a volta da operação da Estação de Bombeamento de Água Pluvial 16, a quantidade de água nas ruas diminuiu, porém ainda é visível em muitas vias.
O arroio Dilúvio, que recebe a água dos bueiros, está sobrecarregado, impedindo o escoamento adequado e contribuindo para a presença de peixes vivos e mortos nas áreas inundadas do bairro. A Smamus, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, esclarece que o arroio Dilúvio é um corredor de biodiversidade e que as aves que ali habitam utilizam a vegetação como descanso durante seus deslocamentos.
Além das garças, outras espécies de aves como martim-pescador, socó, quero-quero e bem-te-vi fazem parte da fauna dos arredores do arroio Dilúvio. Com as chuvas atingindo o Rio Grande do Sul, a região metropolitana viu a circulação de animais em áreas pouco comuns, incluindo jacarés, capivaras, lontras e cágados.
A equipe de fauna silvestre da Smamus está monitorando a circulação das garças em ambientes urbanos e orienta a população a não interferir no deslocamento dos animais. Em casos de risco à vida dos animais, a população pode acionar a equipe através do número 156, do aplicativo e site da prefeitura ou pelo telefone (51) 3289-7517, em horário comercial nos dias úteis.
A situação das garças no bairro Praia de Belas é mais um reflexo das mudanças climáticas e da interferência humana no meio ambiente, destacando a importância da preservação da fauna e da flora local em face de eventos extremos como as enchentes.