Alta de 0,74% nos preços dos produtos industriais em abril foi influenciada por 20 das 24 atividades pesquisadas, aponta IBGE.

No mês de abril, os preços dos produtos industriais na porta de fábrica registraram uma alta de 0,74%, de acordo com os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa elevação foi impulsionada por aumentos em 20 das 24 atividades pesquisadas.

Entre os setores que mais contribuíram para essa alta estão papel e celulose, com um aumento de 3,99%, seguido por fumo, com 2,49%, e farmacêutica, com 2,10%. Por outro lado, as principais quedas foram observadas em indústrias extrativas, com uma variação de -3,58%, e produtos de metal, com -0,12%.

O segmento de alimentos exerceu a maior pressão sobre o índice nacional, com uma alta de 0,80%, contribuindo com 0,19 ponto porcentual para o IPP do mês. Isso se deve, em parte, aos aumentos de preços nas cadeias derivadas da soja e da cana de açúcar.

Segundo o analista do IPP no IBGE, Felipe Câmara, a menor disponibilidade da soja para consumo doméstico, devido à colheita menor e ao volume exportado, provocou pressões de demanda e aumentou os preços do óleo bruto e seus derivados. Além disso, o incremento da parcela de biodiesel no blend do diesel incentivou a procura pelo derivado da soja.

Já em maio, o IPP foi impactado principalmente pelos aumentos em papel e celulose e refino de petróleo e biocombustíveis. O etanol foi um dos principais responsáveis por esse aumento, devido às decisões das usinas em direcionar a produção de açúcar e aos preços competitivos em relação à gasolina.

Por outro lado, as indústrias extrativas contribuíram para conter a alta do IPP em maio, devido à queda na cotação internacional do minério. A expectativa de recuperação econômica mundial também influenciou a precificação dos produtos.

Em resumo, o IPP reflete as dinâmicas do mercado interno e externo e aponta para o impacto de questões como oferta, demanda e cenários econômicos na formação de preços dos produtos industriais na economia brasileira.

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