Receita Federal planeja programas de autorregularização para 2024 visando arrecadar R$50 bilhões extras. Confira os detalhes do Relatório Anual de Fiscalização.

A Receita Federal do Brasil divulgou recentemente o seu Relatório Anual de Fiscalização, apresentando os resultados obtidos no ano de 2023 e o planejamento para o ano de 2024. Esse relatório fornece informações importantes sobre as prioridades da RFB nas Fiscalizações Tributárias deste ano, além de antecipar os programas de autorregularização incentivada que serão lançados em breve.

Os programas de autorregularização incentivada têm se mostrado eficazes desde 2023, sendo uma importante ferramenta da Receita Federal para aumentar a eficiência da arrecadação e reduzir o contencioso tributário. Esses programas oferecem condições especiais para que contribuintes regularizem tributos federais devidos, sem terem sido autuados, mediante confissão da dívida. Os benefícios concedidos incluem descontos de até 100% em multas de mora e de ofício, parcelamento e utilização de precatórios, prejuízos fiscais e bases negativas de IRPJ e CSLL.

O Governo Federal busca arrecadar R$ 50 bilhões em receitas extras para cumprir a meta fiscal de 2025, tornando esses programas de regularização tributária cruciais para atingir esse objetivo. Em 2024, a Receita Federal planeja focar em temas como a regularização de créditos tributários relacionados a subvenções de investimento, adesões possivelmente indevidas ao Perse e valores recuperados a título de PIS e Cofins referentes à tese do século.

No mês de abril, foi lançado o programa de autorregularização relacionado às subvenções de investimentos, com adesão até maio para débitos até dezembro de 2022 e até julho para débitos de 2023. É importante que os contribuintes avaliem cuidadosamente a adesão a esses programas, considerando as chances de êxito em disputas administrativas ou judiciais.

A autorregularização é uma ferramenta que tende a ser adotada de forma consolidada pelo Fisco Federal, podendo servir de modelo para outros entes estaduais e municipais. A avaliação da melhor alternativa entre a adesão ou a contestação dos programas de regularização é fundamental para evitar autuações e garantir a conformidade fiscal dos contribuintes.

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