A medida foi comemorada por parlamentares como o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o deputado Domingos Sávio, porém, foi duramente criticada por ambientalistas e pesquisadores da área. A silvicultura, embora tenha aspectos positivos como a captação de carbono, também traz desvantagens, como a monocultura, o uso intensivo de água e insumos químicos, e a perda de biodiversidade nas áreas plantadas.
No Rio Grande do Sul, onde mais de meio milhão de pessoas foram desalojadas por enchentes, a expansão da silvicultura preocupa pesquisadores e ambientalistas. Evidências mostram que a silvicultura tem se expandido rapidamente, substituindo áreas naturais e aumentando a vulnerabilidade do bioma pampa a inundações e eventos climáticos extremos.
A indústria da silvicultura argumenta que a medida corrige uma distorção histórica que submetia o setor a licenciamentos ambientais mais rigorosos do que outras atividades agrícolas. Além disso, destacam que investem em práticas sustentáveis e seguem padrões internacionais de certificação.
Entretanto, críticos alertam para os impactos ambientais da expansão desenfreada da silvicultura, que tem levado à perda de biodiversidade, mudanças na paisagem e ameaças a espécies nativas, como o gato-palheiro-pampeano, ameaçado de extinção. A discussão sobre a importância de preservar as áreas naturais e limitar a expansão da silvicultura continua em meio a debates sobre o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental.