Segundo a agência, as classificações refletem o forte perfil empresarial da JBS, com destaque para seu tamanho, variedade de proteínas e diversificação geográfica. A empresa possui uma presença expressiva na América do Norte, América do Sul, Austrália e Europa, o que ajuda a mitigar os impactos de flutuações cíclicas de mercado, restrições de importação e outras questões.
A Fitch ressaltou que a JBS Brasil contribuiu com cerca de 13% do Ebitda do grupo em 2023, enquanto as exportações representaram aproximadamente 25% das vendas líquidas globais, com a China recebendo 25% desses embarques. Nos Estados Unidos, a agência avalia como forte a ligação entre a JBS USA e sua controladora, com estratégias alinhadas e garantias da empresa controladora sobre os títulos da JBS USA.
Para o futuro, a Fitch projeta uma redução da alavancagem líquida da JBS, com uma possível queda abaixo de 3x até 2024. A agência destaca que a Seara e os segmentos de aves e suínos nos EUA devem ver melhorias, enquanto a divisão de carne bovina pode ser afetada pela desaceleração cíclica.
No entanto, a Fitch aponta que a JBS enfrenta desafios ambientais no Brasil em relação ao desmatamento, o que pode impactar sua classificação. A agência mencionou também que uma dívida líquida sobre Ebitda abaixo de 1,5x de forma sustentada e uma melhoria na governança poderiam elevar a classificação da empresa, enquanto uma alavancagem líquida acima de 2,5x de forma sustentada poderia levar a um downgrade.