A decisão da CIJ gerou pressão sobre as autoridades israelenses, especialmente sobre o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, que já enfrentava críticas pela condução da guerra, incluindo a questão humanitária em Gaza. O isolamento internacional de Israel tem se intensificado, com países como Espanha, Noruega e Irlanda anunciando o reconhecimento da Palestina como Estado.
No entanto, o governo britânico discordou da ordem de suspensão das ofensivas militares, alegando que a medida beneficia o grupo terrorista Hamas. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido destacou que o Hamas recusou uma oferta generosa de Israel e que a intervenção dos tribunais fortalecerá a visão do grupo sobre manter reféns em Gaza.
A África do Sul foi fundamental na solicitação à CIJ para impor mais restrições à incursão de Israel em Rafah, destacando a destruição de Gaza e a necessidade humanitária sem precedentes na região. Com o controle israelense sobre os principais cruzamentos de fronteira, a entrada de ajuda em Gaza tem sido prejudicada, apesar dos esforços internacionais.
A guerra entre Israel e Hamas já resultou na morte de mais de 35 mil pessoas na Faixa de Gaza. A CIJ também exigiu a libertação imediata e incondicional dos reféns sequestrados pelo Hamas em um ataque anterior. Israel planeja retomar as negociações para resgatar essas pessoas ainda esta semana, conforme informou uma fonte do governo à agência AFP.
Essa escalada de conflito na região evidencia a urgência de soluções diplomáticas e humanitárias para proteger a vida dos civis e buscar uma paz duradoura entre Israel e Palestina. A pressão internacional sobre Israel e a atuação dos tribunais internacionais são passos importantes nesse processo.