Negociações para tratado de pandemias terminam sem consenso após dois anos de esforços pela OMS, mas continuidade é esperada

As negociações entre os países-membros da OMS (Organização Mundial da Saúde) para elaborar um tratado sobre a prevenção e o combate a pandemias chegaram a um impasse após dois anos de esforços. O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que, apesar de não ter sido alcançado um consenso, isso não deve ser considerado um fracasso, e enfatizou a necessidade contínua de um tratado sobre pandemias.

O INB (Intergovernmental Negotiating Body), responsável pelo grupo de negociações, descreveu as conversações como uma “montanha russa” e expressou desapontamento com a falta de progresso. No entanto, a presidente do INB, Precious Matsoso, ressaltou que os ministros envolvidos no processo decidirão sobre os próximos passos a serem seguidos.

A falta de consenso será informada à Assembleia Mundial da Saúde, que se reunirá em Genebra no final de maio. Roland Driece, co-presidente do INB, enfatizou a importância de continuar as negociações e alcançar um acordo que seja benéfico para todos os países.

É evidente que as pandemias representam uma ameaça global, como foi demonstrado pela crise da covid-19, que evidenciou a falta de preparação e coordenação entre os países. Apesar dos obstáculos enfrentados nas negociações, a maioria dos Estados-membros demonstrou interesse em continuar trabalhando em direção a um tratado abrangente.

A distribuição equitativa de testes, tratamentos e vacinas, bem como a garantia de financiamento para os países de menor renda, são questões-chave que ainda precisam ser abordadas. A criação de um sistema multilateral liderado pela OMS para monitorar e responder a pandemias futuras é fundamental para fortalecer a segurança global.

Embora as negociações tenham chegado a um impasse, muitos países expressaram seu comprometimento em avançar com o tratado. A continuidade das discussões e a busca por um resultado positivo que beneficie a humanidade permanecem como objetivos importantes para a comunidade internacional. A esperança é que, em breve, um consenso possa ser alcançado para fortalecer a cooperação global em relação às pandemias.

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