Uma moradora de Franca, a aposentada Valda Gonzaga, de 73 anos, relatou que o céu estava vermelho durante a tempestade de terra. Em outras regiões de Ribeirão Preto, como na zona sul, a jornalista Lisiane Marques, de 46 anos, também testemunhou a formação das nuvens de poeira. Ela descreveu que após um período de seca, o tempo fechou e começou a chover, com a cidade sendo rapidamente encoberta pela poeira.
A meteorologia já previa a chegada da chuva devido à passagem de uma frente fria pelo interior paulista, após mais de 30 dias de seca. No entanto, após a nuvem de poeira, não houve novos registros de chuva na região. A Defesa Civil de Ribeirão Preto informou que não houve ocorrências registradas na cidade devido à tempestade de poeira.
A qualidade do ar em Ribeirão Preto, de acordo com a Cetesb, é considerada moderada, o que levou o órgão a recomendar que pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares evitem esforços pesados ao ar livre. Este não é o primeiro episódio de nuvens de poeira na região, uma vez que no final de setembro, um fenômeno semelhante também ocorreu, afetando a visibilidade no trânsito e obrigando alguns comerciantes a fecharem as portas.
A estiagem prolongada na região tem favorecido a propagação de incêndios de grandes proporções, tanto em áreas de proteção ambiental quanto em plantações, contribuindo para a criação das nuvens de poeira. A cidade de Franca e outras localidades de Ribeirão Preto já tinham sido afetadas por um evento semelhante no passado, destacando a gravidade da situação climática na região.