Nobre, aos 73 anos, é o primeiro brasileiro a integrar esse grupo cuja missão é elaborar e disseminar pesquisas científicas acerca do meio ambiente, defesa de populações vulneráveis frente à crise climática e transição energética, dentre outras questões cruciais para o planeta. Ao lado de Christiana Figueres, ex-secretária-executiva da UNFCCC e responsável pela criação do Acordo de Paris em 2015, Nobre passa a ser mais um “guardião planetário”.
Com uma carreira de mais de 40 anos dedicada à Amazônia e uma formação em engenharia eletrônica e doutorado em meteorologia pelo MIT, Nobre se destaca por seus estudos sobre os impactos do desmatamento na região amazônica. Recebedor de prêmios notáveis, como o Nobel da Paz em 2007, o cientista é autor de mais de cem artigos científicos e sua teoria da “savanização” da Amazônia é reconhecida mundialmente.
Em um cenário de urgência climática, Nobre alerta sobre a iminência do “ponto de não retorno” na Amazônia e destaca a necessidade de ações urgentes para diminuir o desmatamento, restaurar áreas desmatadas e envolver a comunidade científica global nesse processo. Seu discurso enfatiza a importância da união de esforços para preservar a maior floresta tropical do mundo.
A cerimônia de admissão de Nobre e outros membros dos Planetary Guardians contou com a presença de personalidades como Richard Branson, Johan Rockström, Christiana Figueres, e Hindou Oumarou Ibrahim, demonstrando a relevância do grupo e o reconhecimento internacional do trabalho desses renomados cientistas e ativistas em prol do planeta e da sustentabilidade.
