A Vila Baiana, onde o corpo foi encontrado, já foi palco de ações da PM durante a Operação Escudo, que resultou na morte de pelo menos 28 pessoas entre julho e agosto do ano passado. As operações na região se intensificaram após a morte do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis.
A Secretaria da Segurança Pública lamentou a morte de Angerami, que era lotado no 3° Batalhão de Polícia Metropolitano, localizado na região do Jabaquara, zona sul da capital. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Santos para exame necroscópico e outras análises periciais.
O soldado ingressou na PM no ano de 2022 e era filho de um investigador da Polícia Civil. Além disso, Angerami tinha um irmão gêmeo que também servia na Polícia Militar. No dia do desaparecimento, o carro do policial foi encontrado abandonado na rodovia Cônego Domênico Rangoni, e até o momento nove suspeitos de envolvimento no caso foram presos.
As buscas pelo soldado resultaram na localização de outros oito corpos na região, os quais passam por perícia para identificação. Imagens de câmeras de segurança registraram Angerami em uma adega no litoral paulista horas antes de seu desaparecimento. O último registro foi na companhia de um homem em uma favela na Baixada Santista, onde o soldado residia em Santos.
O caso está sendo investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais de Santos, por meio de um inquérito que apura os crimes de sequestro, tortura, homicídio e ocultação de cadáver. A polícia continua trabalhando para esclarecer as circunstâncias da morte de Luca Romano Angerami e identificar os responsáveis por esse trágico desfecho.