A família Silva resistiu bravamente, tentando salvar seus pertences e permanecer em sua residência, construída em 1940, mesmo com os insistentes pedidos de familiares para deixar o local. A história do comerciante se misturava com a da própria casa, que havia sido erguida por seus antepassados e era parte de sua história de vida. A decisão de ficar custou-lhes a vida e deixou um vazio irreparável na família e na comunidade.
Outros moradores, como Carlos Alexandre Muller e José Macedo, conseguiram se salvar seguindo os alertas da Defesa Civil e buscando abrigo em locais mais seguros. Ainda assim, tiveram que lidar com a perda de suas casas e pertences. Muller, chefe de produção de uma empresa de material de limpeza, e Macedo, dono de uma empresa de produtos de limpeza, sofreram com a destruição de seus imóveis e calculam os prejuízos materiais em milhões de reais.
A cidade de Cruzeiro do Sul enfrenta agora o desafio da reconstrução e da superação. Milhares de pessoas foram afetadas pela enchente, que destruiu casas, comércios e deixou milhares de desabrigados. O trabalho de ajuda humanitária e de reconstrução é árduo, mas a solidariedade e o apoio da comunidade são fundamentais para que a cidade se recupere dessa tragédia e consiga seguir em frente.