De acordo com as acusações, a chamada “folha de pagamento secreta” envolveu um grande número de cargos temporários em ambas as instituições, totalizando milhares de contratações sem critérios objetivos. O desembargador destacou que as contraprestações pelo serviço não foram comprovadas e que houve dificultação no acesso às informações públicas por parte do governo.
Além de Cláudio Castro, outros réus incluem o vice-governador Thiago Pampolha, o presidente da Alerj Rodrigo Bacellar, e diversos deputados e secretários do estado. Durante a sessão, o relator votou pela cassação dos mandatos de Castro, Pampolha e Bacellar, além de defender a inelegibilidade de alguns réus por oito anos, a partir de 2022.
O processo é resultado de duas ações de investigação na Justiça Eleitoral, sendo uma movida por Marcelo Freixo e outra pelo Ministério Público Eleitoral. Todos os sete integrantes da Corte devem votar no processo, incluindo o relator Peterson Barroso Simão, o desembargador Marcello Granado e outros desembargadores eleitorais.
Durante o julgamento, a acusação argumentou que as medidas implementadas pela Ceperj e UERJ eram atos eleitorais, visando beneficiar os investigados. Já a defesa de Cláudio Castro alegou que o governador não teve responsabilidade direta nas contratações e que agiu rapidamente ao solicitar uma auditoria ao saber das acusações.
A sessão de julgamento será retomada na próxima quinta-feira (23), quando os demais membros da Corte irão manifestar seus votos. A decisão final sobre a cassação do mandato de Cláudio Castro e demais réus terá um impacto significativo na política do Rio de Janeiro e na legitimidade das eleições de 2022.