Esquema de contratação de cabos eleitorais é contestado pela defesa do governador após vitória “acachapante” nas eleições.

O escândalo envolvendo o atual governador do Rio de Janeiro, Castro, ganha cada vez mais destaque com as recentes declarações das procuradoras Neide Cardoso de Oliveira e Silvana Batini. Segundo as representantes do Ministério Público, um esquema de contratação indevida de cabos eleitorais teria sido montado para beneficiar a campanha do político, utilizando os contratados para promover sua candidatura e garantir a cooptação de votos.

Por outro lado, a defesa de Castro argumenta que a contundente vitória sobre o candidato de esquerda, Freixo, nas eleições de 2022, com mais de dois milhões de votos de diferença, seria prova de que o suposto esquema não existiu. Os advogados do governador também apontam que os projetos da Ceperj, órgão estadual envolvido na polêmica, foram suspensos logo após a primeira decisão judicial, não gerando impacto nas contas públicas.

Um dos pontos levantados pela defesa de Castro é a presença de nomes da oposição entre os contratados, como no caso dos familiares de Ricardo Lodi, ex-reitor da Uerj, que conseguiu uma vaga de suplente de deputado federal pelo PT. A investigação do Ministério Público revelou também saques de grandes quantias em dinheiro vivo, totalizando R$ 248 milhões retirados em agências bancárias por integrantes do suposto esquema.

Além do governador, outras 12 pessoas são réus na ação, incluindo o atual vice-governador Thiago Pampolha (MDB) e o deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Rio. A dimensão e gravidade das acusações feitas pelo Ministério Público apontam para um longo e complexo processo judicial que deve trazer à tona mais detalhes sobre o caso. A população fluminense aguarda por respostas claras e uma investigação transparente para elucidar essa polêmica que envolve altos escalões do poder no estado.

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