Sete carretas do Exército partem de São Paulo para Porto Alegre com superbombas para combater enchentes no Rio Grande do Sul

Neste sábado (18), sete carretas do Exército partiram de São Paulo com robustas bombas que foram utilizadas pela Sabesp durante a crise hídrica de 2014 no Sistema Cantareira, com destino a Porto Alegre. Essas bombas serão empregadas para auxiliar no escoamento da água que tem inundado cidades na região de Porto Alegre devido às enchentes que assolam o estado gaúcho.

De acordo com a estatal paulista, um total de 18 conjuntos dessas bombas serão utilizados em ações de macrodrenagem da água acumulada em vastas áreas nos municípios de Canoas e Porto Alegre.

Além disso, dois conjuntos de motobombas foram transportados em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) para Canoas já na sexta-feira (17). Outros 14 equipamentos serão levados pelo Exército em um comboio que partiu pela manhã do Arsenal de Guerra de Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo.

Essas bombas flutuantes, que pesam cerca de 10 toneladas cada e têm capacidade de transferir mais de 1.000 l/s de água de um local para outro, são extremamente eficazes. Elas foram usadas no Sistema Cantareira durante a seca que afetou a Grande São Paulo há dez anos e podem encher uma piscina olímpica em apenas 30 minutos.

O processo de transporte dessas bombas estava planejado para ser realizado em 14 caminhões, mas foi reajustado para sete carretas, devido à maior capacidade dos veículos do Exército. A previsão é que as bombas cheguem a Porto Alegre e Canoas na próxima terça-feira (21), após percorrerem aproximadamente 1.200 km.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, mencionou o envio dessas bombas durante a apresentação do plano de reconstrução do estado na sexta-feira. A Sabesp também anunciou o envio de mais equipes para o Rio Grande do Sul, totalizando 57 profissionais, 21 veículos e equipamentos técnicos para ajudar nas ações de recuperação após as cheias.

Enquanto isso, o nível do lago Guaíba continua baixando lentamente em Porto Alegre, mas a água segue fluindo em direção à lagoa dos Patos, no sul do estado, aumentando a cheia em cidades como Rio Grande e São José do Norte. O IPH da UFRGS prevê uma cheia duradoura, com redução lenta dos níveis do Guaíba abaixo dos 5 metros, principalmente devido à previsão de mais chuvas.

Com a situação ainda delicada, é fundamental a mobilização de recursos e equipes profissionais para ajudar a mitigar os impactos das enchentes e garantir a recuperação das áreas afetadas. A cooperação entre diferentes entidades e órgãos é essencial para enfrentar os desafios trazidos pelas fortes chuvas e evitar maiores danos à população e ao meio ambiente.

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