O menino estava a caminho da escola com a mãe quando acabou envolvido em um tiroteio entre os policiais e suspeitos. Mesmo passado um mês do ocorrido, ainda não foi identificado o objeto que atingiu a criança. Atualmente, ele encontra-se em tratamento no Hospital das Clínicas.
A mãe do menino, que preferiu não se identificar, relatou que a internação do filho acarretou sérios problemas financeiros para a família, uma vez que teve que deixar de trabalhar como diarista. Ela tem contado com o apoio de parentes para arcar com despesas de alimentação e aluguel. A família afirma não ter recebido nenhum tipo de apoio da gestão Tarcísio de Freitas.
Segundo o advogado, após o ferimento, a criança foi socorrida e encaminhada para a AMA Paraisópolis, sendo posteriormente transferida para o Hospital Municipal do Campo Limpo. Durante o período de internação, mãe e filho foram vigiados por policiais militares, causando indignação pela falta de acompanhamento médico adequado.
A versão apresentada por um policial militar em um boletim de ocorrência aponta que os agentes realizavam um patrulhamento na favela quando se depararam com dois homens em fuga, seguidos por um terceiro que teria feito disparos contra os PMs. Apesar disso, o delegado do caso optou por não apreender as armas utilizadas pelos policiais.
A ouvidoria das Polícias de São Paulo afirmou que continuará acompanhando o caso, oferecendo suporte à vítima e à família. A falta de esclarecimentos sobre o episódio e a ausência de respostas por parte das autoridades competentes contribuem para a nebulosidade em torno do ocorrido. A sociedade aguarda por respostas e ações que garantam a segurança e a integridade das crianças.