China lança medidas “históricas” de estabilização do setor imobiliário com injeção de 1 trilhão de iuanes para combater crise.

A China anunciou nesta sexta-feira (17) medidas “históricas” para estabilizar seu setor imobiliário em crise. O banco central do país disponibilizou 1 trilhão de iuanes (R$ 706 bilhões) em financiamento extra, flexibilizou as regras de hipoteca e governos locais se preparam para comprar “alguns” apartamentos.

Essas ações são esperadas pelos investidores como o início de uma intervenção governamental mais decisiva para compensar a redução da demanda por imóveis, desacelerar a queda dos preços e reduzir o estoque crescente de casas não vendidas. O setor imobiliário na China foi responsável por um quinto do PIB e continua sendo um grande obstáculo para a segunda maior economia do mundo.

Com diversas incorporadoras dando calote e deixando canteiros de obras paralisados, a confiança no mercado imobiliário chinês está abalada. O governo decidiu intervir com medidas como a compra de imóveis e a recompra de terrenos vendidos aos incorporadores.

O banco central chinês anunciou a criação de um mecanismo de empréstimo para moradias populares, que resultará em 500 bilhões de iuanes (R$ 354 bilhões) em financiamento bancário. Além disso, haverá redução nas taxas de juros hipotecárias e nas exigências de pagamento de entrada. O Goldman Sachs estima que o estoque de moradias vendáveis na China seja de 13,5 trilhões de iuanes (R$ 9,5 trilhões) até o final de 2023.

Analistas afirmam que as medidas anunciadas são um passo ousado, porém o desafio é se o programa de compras do governo irá estimular a demanda do setor privado. A esperança é que essas ações ajudem a estabilizar o setor imobiliário e a recuperar a confiança dos consumidores.

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