As investigações da CPI apontaram para uma série de problemas, incluindo a falta de um plano de contingência eficaz por parte da empresa, a demora no restabelecimento dos serviços de energia elétrica e a precariedade da estrutura da Enel na cidade. Com apenas uma equipe de dois funcionários para atender São Caetano inteira, a empresa se viu sob pressão para resolver os problemas causados pelo apagão, que afetou não apenas residências, mas também empresas e serviços essenciais como o abastecimento de água.
O relatório final da CPI, que possui 20 páginas, aponta a Enel como responsável pela falta de um serviço adequado e seguro para a população durante e após eventos climáticos previsíveis. Além disso, o documento cobra melhorias por parte da empresa, que, segundo o vereador Caio Salgado, tem lucrado bastante, mas investido pouco em infraestrutura e qualidade de serviço.
Agora, com a aprovação do relatório, a Câmara de São Caetano deverá encaminhá-lo formalmente ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. O vereador Caio Salgado pretende participar pessoalmente dessa entrega simbólica do relatório, a fim de reforçar as descobertas e cobranças feitas pela CPI. Salgado também planeja levar o relatório até a Assembleia Legislativa, como forma de ampliar a divulgação dos resultados e pressionar por mudanças.
Essa não foi a primeira vez que uma CPI foi realizada para investigar a atuação da Enel na região. Em Santo André, um vereador pressionou pela criação de uma CPI estadual, que só se concretizou no ano passado, após inúmeros desafios enfrentados pela prefeitura em sua relação com a concessionária.
Diante de tantas adversidades, o trabalho da CPI da Enel em São Caetano se destaca como um marco na busca pela melhoria dos serviços prestados pela empresa e pela fiscalização mais efetiva por parte dos órgãos competentes. A população aguarda por respostas e ações concretas que garantam um abastecimento de energia elétrica adequado e seguro para o município.
