Uma novidade inserida no texto foi a possibilidade do setor empresarial participar da elaboração dos planos. Essa inclusão foi feita pelo relator da proposta na CCJ, Jaques Wagner, após um pedido de Flávio Bolsonaro. No entanto, o texto não especifica de que forma essa colaboração irá acontecer, deixando essa questão em aberto para futuras definições.
De acordo com o artigo 5º do projeto, as ações previstas no plano nacional serão formuladas em conjunto com as esferas da Federação e os setores socioeconômicos, garantindo a participação dos mais vulneráveis e dos representantes do setor privado. O objetivo é fortalecer e estimular a produção de resultados tangíveis que garantam a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, conciliando a proteção do meio ambiente com o desenvolvimento econômico.
Além disso, as ações propostas no plano poderão ser financiadas pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que conta com recursos administrados pelo BNDES. No entanto, o agronegócio teve sua responsabilidade reduzida no plano, já que o texto original sugeria a implementação de um plano de redução de emissão de carbono para o setor agropecuário.
Essa mudança ocorreu após uma emenda do senador da bancada ruralista, Zequinha Marinho. Agora, o foco será em incentivar a pesquisa e desenvolvimento no setor para auxiliar na redução das emissões. Essas são algumas das questões abordadas no novo plano nacional de adaptação à mudança do clima, que terá um ano para ser finalizado e começar a ser implementado.