O secretário municipal do Trabalho, Tiago Simon (MDB), esteve presente acompanhando as ações de resgate. Segundo ele, a maioria das pessoas afetadas já foi resgatada, mas ainda há moradores relutantes em deixar suas casas por medo, falta de suprimentos e pelo clima de insegurança que começa a se instalar na região.
Os socorristas permanecem em alerta na orla, revezando-se nas operações de resgate com barcos que agora chegam com menos pessoas a bordo. A prioridade atual é resgatar também os animais que foram deixados para trás e que são levados para cuidados veterinários em uma ala de assistência animal.
Os níveis do Guaíba subiram para 4,86 metros após as chuvas do fim de semana, e a expectativa é de uma elevação ainda maior com a chegada da inundação dos rios Caí e Taquari ao lago. Enquanto isso, mais de 14 mil pessoas estão sob acolhimento da prefeitura ou de entidades em Porto Alegre.
A base de resgate na orla é um complexo de tendas que oferece alimentos e acolhimento imediato, além de 12 banheiros químicos e outros recursos essenciais para atender as necessidades dos resgatados. Caminhões-guincho e retroescavadeiras montaram barricadas com sacos na avenida Edvaldo Pereira Paiva como medida para conter a propagação das águas.
Em meio a este cenário desafiador, voluntários e profissionais continuam a dedicar esforços para garantir a segurança e o bem-estar das pessoas e animais afetados pelas enchentes na região metropolitana de Porto Alegre.