A dificuldade de acesso a áreas atingidas pelas enchentes, somada à retomada das chuvas no fim de semana, tem prejudicado as buscas e atrasado os esforços para encontrar as pessoas desaparecidas desde o início das inundações. Em alguns casos, os corpos encontrados precisam passar por papiloscopia para serem identificados.
Voluntários têm se unido às equipes de resgate para ajudar nas buscas, como é o caso do empresário Tainan Ferrari, que marca com um ‘X’ as casas onde suspeita haver vítimas soterradas. A situação se agrava em municípios como Roca Sales, onde uma família composta por seis membros permanece desaparecida em meio a grandes deslizamentos de terra.
Os bombeiros gaúchos contam com o reforço de colegas de Mato Grosso nas operações de resgate. A equipe enfrenta obstáculos como estradas obstruídas e acesso apenas por meios aéreos, aquáticos ou terrestres. A instabilidade do terreno torna a busca ainda mais desafiadora, sendo necessário o uso de técnicas especiais como rapel de helicóptero e estudos geológicos voluntários.
Com a previsão de mais chuvas, as operações de busca foram interrompidas devido ao risco de novos deslizamentos. As equipes buscam alternativas para continuar os trabalhos com segurança, como a montagem de estruturas no local dos deslizamentos.
Em meio a essa tragédia, os cães farejadores do Corpo de Bombeiros têm desempenhado um papel crucial nas buscas, com uma capacidade olfativa muito superior à dos humanos. Além disso, os voluntários e profissionais envolvidos nas operações enfrentam desafios diários e condições adversas para tentar resgatar o máximo de vítimas possível.
A solidariedade e a dedicação das equipes de resgate e voluntários têm sido essenciais para lidar com essa grave situação, que tem causado comoção e mobilização em todo o estado. As autoridades locais seguem trabalhando incansavelmente para minimizar os impactos e prestar assistência às famílias afetadas por essa tragédia.
