Segundo o professor, os Pretos Velhos são personalidades marcantes nas religiões de matriz-africana, muito respeitados e venerados por representarem espíritos ancestrais africanos que transmitem sabedoria, humildade, amor incondicional e auxílio. Muitas pessoas buscam essas entidades não apenas por aconselhamentos e orientações, mas também em busca de cura.
Questionado sobre os pontos de encontro entre as tradições de cura dos Pretos Velhos e a Medicina Tradicional, Marcelo explicou que cada vez mais a ciência tem se aproximado de métodos alternativos, como o uso de ervas medicinais presentes nas práticas dos Pretos Velhos. Ele destacou a importância da fé nesse processo de cura, que envolve preparo, colheita e o uso de ervas específicas para cada pessoa.
No contexto do dia 13 de maio, data que remete à luta contra a escravidão, Marcelo ressaltou a importância de homenagear os negros escravizados e manter viva a conexão com a cultura e os valores africanos. Para o pesquisador, é um momento de reflexão sobre as lutas do passado e as necessidades de resistência e representatividade do povo negro diante das questões raciais e da intolerância religiosa.
Os ensinamentos dos Pretos Velhos, segundo o professor, são fundamentais para promover justiça, viver a fé, reconhecer o outro como ser humano, perdoar, respeitar a natureza e buscar ser uma pessoa melhor a cada dia. A celebração do Dia dos Pretos Velhos não apenas recorda o passado, mas também inspira a persistência e a luta por um futuro mais justo e igualitário para todos.
Por Tiago Vechi
Jornalista
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