De acordo com especialistas consultados, as enchentes podem desencadear um aumento significativo de doenças infecciosas, incluindo diarreias, problemas respiratórios, leptospirose, hepatite A e dengue. O contato com água contaminada, seja por meio da pele, mucosas ou ingestão acidental, durante a tragédia é apontado como o principal fator de risco para o surgimento dessas enfermidades.
A primeira onda de doenças costuma se manifestar nos primeiros dez dias após o evento climático, com infecções de pele, pneumonias, infecções respiratórias virais e gastroenterites sendo as mais comuns. A população mais vulnerável, como crianças pequenas e idosos, requer atenção especial para evitar complicações mais graves.
A segunda onda, que ocorre entre 7 e 10 dias após as inundações, traz preocupações com leptospirose, tétano e hepatite A. O risco de contrair essas doenças transmitidas por água contaminada é alto, destacando a importância da profilaxia e da vacinação como medidas preventivas.
A terceira onda de doenças, como a dengue, é uma ameaça iminente, uma vez que a proliferação do mosquito transmissor pode ser potencializada devido à formação de criadouros após as enchentes. Ações de vigilância e controle para evitar surtos dessas doenças são essenciais para mitigar os impactos na saúde da população.
Além das doenças infecciosas, as consequências à saúde mental e a assistência de outras condições crônicas, como diabetes e pressão alta, também exigirão atenção especial das autoridades e dos profissionais de saúde. A reconstrução e recuperação da região atingida pelas inundações requerem um planejamento detalhado e integrado para minimizar os danos à saúde pública e oferecer o suporte necessário às comunidades afetadas.