A resolução determina que o Estado da Palestina deve ser admitido como membro da ONU e recomenda que o Conselho de Segurança reconsidere a questão favoravelmente. Essa pressão palestina pela adesão plena à organização ocorre em um momento delicado, sete meses após o início da guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas em Gaza, e em meio à expansão de assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada, considerada ilegal pelas Nações Unidas.
O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, destacou a importância do voto favorável, ressaltando que “queremos paz, queremos liberdade”. Segundo ele, um voto ‘sim’ representaria um investimento na paz e na existência palestina, sem ir contra nenhum Estado. Suas palavras foram recebidas com aplausos pela assembleia.
Conforme estabelecido na Carta fundadora da ONU, a filiação à organização está aberta a “Estados amantes da paz” que aceitem suas obrigações e estejam dispostos a cumpri-las. Com a aprovação dessa resolução, a questão da adesão plena da Palestina à ONU segue em destaque no cenário internacional, também levantando debates sobre os desafios e perspectivas para a busca de uma solução pacífica e duradoura para o conflito no Oriente Médio.