Ao percorrer as vias do centro da cidade, foi possível constatar que a água do lago está baixando, porém em um ritmo aquém do desejado. No bairro Praia de Belas, próximo à rua André Belo, peixes vivos foram avistados nadando livremente próximos às vias que haviam sido tomadas pelas águas. Um fato curioso foi registrado no bairro Menino Deus, onde um jacaré de pequeno porte foi avistado, gerando preocupação entre os moradores.
Na rua Uruguai, localizada no coração do centro histórico de Porto Alegre, cinco peixes mortos foram encontrados boiando em um trecho da calçada, evidenciando os impactos da diminuição do nível do lago Guaíba. Após atingir a marca de 5,32 metros, o nível do lago caiu para 4,86 metros, representando a primeira redução significativa na semana.
Moradores e comerciantes das áreas afetadas relataram os prejuízos causados pela inundação. Estoquistas como Henrique Xavier precisaram se adaptar à situação, circulando pelas ruas com macacões impermeáveis para acessar as lojas e verificar os estragos causados pela água.
Além disso, os bairros mais afetados, como Praia de Belas e Menino Deus, precisaram lidar com alagamentos repentinos que resultaram em danos aos veículos dos moradores e dificuldades de locomoção pela região. Lojistas também foram impactados, com muitos estabelecimentos enfrentando o desafio de lidar com a água invadindo os espaços comerciais e causando prejuízos materiais.
A situação também afetou o arroio Dilúvio, curso d’água que corta a cidade e deságua no lago Guaíba, onde a vegetação ribeira sofreu danos devido à alta do nível da água. A população de Porto Alegre enfrenta, assim, os desafios de lidar com os impactos ambientais e urbanos decorrentes da redução no nível do lago, demonstrando a importância de medidas preventivas e de conscientização sobre a preservação dos recursos naturais.
