Alfredo relembra que a principal diferença entre a enchente de 1941 e a enchente recente foi a velocidade em que a água subiu. Naquela época, o rio transbordou de forma mais lenta, sem causar a destruição e mortes observadas no desastre atual. O idoso mencionou que, na enchente de 1941, houve apenas um caso de morte por eletrocussão após uma pessoa cair na água.
A enchente de 1941 ficou marcada na história de Porto Alegre como um dos eventos mais devastadores. Durante os meses de abril e maio daquele ano, a cidade enfrentou 22 dias seguidos de chuvas intensas, o que resultou na elevação do nível dos rios da região devido à bacia hidrográfica da Lagoa dos Patos.
Esta bacia hidrográfica recebe as águas do Rio Guaíba e de outros rios do estado, causando a inundação das áreas ribeirinhas e provocando sérios danos à população local. A imagem da enchente de 1941 em Porto Alegre, registrada no acervo do Museu Joaquim Felizardo, ilustra a magnitude do desastre natural que assolou a cidade naquela época.
Portanto, apesar de terem se passado muitos anos desde a enchente de 1941, a memória desse evento trágico permanece viva na mente dos sobreviventes como Alfredo, que comparou as suas experiências naquela época com o cenário atual de desastre e destruição causado pelas chuvas intensas na região.