Diante desse cenário caótico, o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, relatou que, até o momento, 30 pessoas foram presas por invadirem residências e estabelecimentos comerciais para saquear bens durante a tragédia das enchentes. Rodrigo Lay, um sindico profissional, revelou que cinco prédios que ele administra em Porto Alegre estão alagados, sendo que o edifício Solar Verona precisou ser completamente evacuado devido à altura das águas.
Com a água atingindo até dois metros de altura, voluntários tiveram que resgatar os moradores do edifício afetado. Apesar do Solar Verona não ter sido alvo de tentativas de saque, houve relatos de crimes nas redondezas. Diante dessa situação, os moradores estão se organizando e contratando empresas de segurança para vigiar os condomínios durante a noite, período em que ocorrem a maioria dos roubos.
Thiago Moraginski, representante da empresa de portarias FNX, explicou que os seguranças particulares não portam armas e monitoram as entradas dos prédios durante a noite, acionando a polícia em caso de ocorrências. Além do Solar Verona, outros quatro condomínios em Porto Alegre e dez em Canoas também estão recebendo esse serviço de escolta náutica devido às tentativas de saque.
A situação de calamidade no Rio Grande do Sul resultou em danos em mais de 61 mil habitações, com prejuízos financeiros estimados em R$6,3 bilhões. Com as dificuldades de acesso por terra e a precariedade estrutural dos bairros após a tragédia das enchentes, moradores e autoridades locais temem o aumento da criminalidade e a necessidade de medidas emergenciais para garantir a segurança e o bem-estar da população afetada.