Segundo informações da SSP, todos os casos de morte decorrente de intervenção policial estão sendo investigados minuciosamente pela DEIC de Santos e pela Polícia Militar, por meio de Inquérito Policial Militar. A operação tem como objetivo combater o tráfico de drogas na região e garantir a segurança dos cidadãos.
No sábado (2), um homem morreu ao reagir a tiros a uma abordagem da polícia, na comunidade Vila Júlia, no Guarujá. Segundo relatos da polícia, o suspeito sacou uma arma e atirou contra os agentes, que reagiram e o balearam. O homem morreu no local e estava portando uma sacola com drogas, dinheiro e uma pistola.
No domingo (3), outra morte aconteceu durante um confronto com a PM, na comunidade Maré Mansa, também no Guarujá. Os policiais desconfiaram de um homem que estava parado em frente a uma residência e, ao avistar os agentes, o suspeito correu para dentro da casa e efetuou um disparo na direção dos PMs. Os policiais revidaram e o homem, de 37 anos, foi socorrido mas não resistiu. Um revólver calibre .38 foi apreendido pela polícia.
A Operação Escudo tem gerado debate e controvérsias, principalmente após a divulgação de um relatório preliminar do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), que recomenda ao governo de São Paulo a interrupção imediata da operação. O conselho também pede uma investigação detalhada tanto da morte do soldado Patrick Reis, integrante da Rota, quanto das demais mortes ocorridas durante a operação.
Diante dessa recomendação, o CNDH instituiu uma comitiva emergencial para acompanhar a repercussão da morte do PM e da Operação Escudo. A comitiva conta com o apoio de outras instituições, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo e a Defensoria Pública.
A Operação Escudo é uma resposta da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ao assassinato do soldado Patrick Reis e busca combater o tráfico de drogas na região da Baixada Santista. No entanto, a intensidade dos confrontos e o número de mortos têm gerado questionamentos sobre os métodos utilizados e a necessidade de uma investigação minuciosa para garantir a transparência e a proteção dos direitos humanos.