Enchente no Rio Grande do Sul já é a maior em 80 anos e preocupa região metropolitana de Porto Alegre

A região central do Rio Grande do Sul enfrenta a pior enchente desde 1941, de acordo com a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Alice Castilho. As inundações históricas já causaram 29 mortes e deixaram 60 pessoas desaparecidas até o momento. Muitos municípios, como Lajeado, Encantado, Muçum e Roca Sales, já estão sofrendo com as águas que ultrapassaram a marca da cheia registrada entre setembro e novembro de 2023.

A previsão meteorológica indica a continuidade das chuvas intensas nos próximos dias, com até 200 milímetros a mais até sábado. O terreno encharcado não consegue mais absorver a água, aumentando o risco de inundações e deslizamentos de terra. A preocupação se estende para a região metropolitana de Porto Alegre, onde o rio Jacuí deságua e pode afetar a capital gaúcha e arredores.

Já sentindo os impactos das chuvas, a região metropolitana de Porto Alegre se prepara para a chegada da onda causada pelo rompimento parcial da barragem 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves. O Serviço Geológico do Brasil, atuando na prevenção de desastres, monitora a situação das bacias dos rios Uruguai, Taquari e Caí, onde há inundação em diversos pontos de análise.

A Defesa Civil estadual emitiu um comunicado alertando para a condição hidrológica crítica no estado, com níveis muito acima da cota de inundação e previsão de novos volumes de chuva. A tendência é de que ocorram alagamentos e transtornos em regiões ribeirinhas e áreas de risco devido à continuidade das precipitações volumosas nos próximos dias. O monitoramento e a prevenção são essenciais para minimizar os danos e proteger a população diante da gravidade da situação.

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