O projeto é mais uma demonstração da proficiência chinesa em alunissagens, além de ser um preparativo para o envio de astronautas à Lua até o final da década. Segundo Ge Ping, vice-diretor do Centro de Exploração Lunar e Engenharia Espacial da CNSA, a missão Chang’e 6 pretende superar barreiras tecnológicas e realizar amostragens inteligentes no lado afastado da Lua.
O lançamento da espaçonave aconteceu às 6h27 pelo horário de Brasília, a partir do centro de lançamento de Wechang, na ilha de Hainan. A missão é composta por quatro componentes: um orbitador, um pousador, um módulo de ascensão e uma cápsula de reentrada, totalizando uma massa de 8,2 toneladas.
Um dos aspectos interessantes da missão é a complexidade da arquitetura utilizada, que difere das missões robóticas conduzidas pela antiga União Soviética. O módulo de ascensão se encontra com uma nave-mãe em órbita lunar para transferir as amostras antes da partida de volta para a Terra, seguindo um processo semelhante às missões tripuladas Apollo.
Além dos desafios técnicos, a China também está buscando cooperação internacional. A missão Chang’e 6 carregará quatro cargas úteis não chinesas, evidenciando a busca por parcerias no espaço.
Com a realização da missão Chang’e 6, a China está pavimentando o caminho para o desenvolvimento de sua Estação de Pesquisa Lunar Chinesa no polo sul da Lua, um projeto ambicioso que conta com a adesão de outros 12 países.
Dessa forma, a China reforça sua posição como uma potência espacial em ascensão, ao mesmo tempo em que busca fortalecer laços e promover a colaboração internacional no campo da exploração espacial. A missão Chang’e 6 representa um marco importante nessa trajetória rumo à exploração lunar e além.