Diversos pré-candidatos que se opõem a Boulos não pouparam críticas à ação do ex-presidente. Marina Helena, do Novo, Kim Kataguiri, da União Brasil, e o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do MDB, pediram ao Ministério Público que investigue o caso. O presidente do MDB, Baleia Rossi, também se manifestou, acusando Lula de usar a estrutura do governo para beneficiar o PSOL em detrimento de sua própria legenda.
Mesmo com as críticas e acusações, Lula afirmou que seus eleitores “têm que votar” em Boulos, destacando a importância do apoio ao candidato do PSOL. Em resposta, o ministro Paulo Pimenta, da Secom, defendeu que esse tipo de manifestação de apoio está dentro dos limites estabelecidos pela Lei eleitoral.
O embate político gerado pela declaração de Lula evidencia a polarização que marca o cenário político brasileiro, com as disputas eleitorais sendo acirradas desde o período pré-eleitoral. Os adversários do ex-presidente enxergam na ação uma tentativa de influenciar o resultado das eleições em favor do PSOL, enquanto os apoiadores defendem a liberdade de expressão e a manifestação pública de apoio aos candidatos.
Diante disso, a Justiça eleitoral deverá analisar as denúncias e decidir se a conduta de Lula configurou de fato uma irregularidade eleitoral. Enquanto isso, a discussão sobre os limites da atuação dos políticos durante o período eleitoral segue em pauta, mostrando que as eleições de 2022 prometem ser acaloradas e repletas de disputas e polêmicas.