Para investigar essa disparidade de lesões entre os gêneros no futebol, o Fifpro, sindicato global de jogadores de futebol, lançou o Projeto ACL, em parceria com a Associação de Jogadores Profissionais da Inglaterra (PFA) e a Universidade Leeds Beckett, com apoio da fabricante de material esportivo Nike. Essa iniciativa terá duração de três anos e visa identificar os motivos pelos quais as mulheres são mais suscetíveis a lesões no joelho.
O Projeto ACL será implementado inicialmente na Inglaterra, com a participação de cerca de 300 jogadoras de clubes que disputam a Women’s Super League (WSL), a divisão de elite do futebol feminino no país. A ideia é que, a partir das descobertas do estudo, estratégias sejam desenvolvidas para apoiar os clubes e as jogadoras na prevenção dessas lesões e na promoção de práticas mais seguras.
Entre as jogadoras famosas que já sofreram a ruptura do ligamento cruzado anterior estão Alexia Putellas, Mia Fishel, Midge Purse, Sam Kerr, Beth Mead e Leah Williamson, todas renomadas em seus respectivos países e clubes. Esses casos reforçam a importância de estudar e entender melhor as causas dessas lesões para garantir a saúde e a segurança das atletas.
Com a realização do Projeto ACL e a análise aprofundada dos fatores de risco relacionados às lesões no joelho, espera-se que medidas preventivas possam ser implementadas no futebol feminino, visando reduzir o número de contusões e garantir a longevidade das carreiras das jogadoras. A pesquisa desconsiderará, por enquanto, os aspectos fisiológicos e focará nos fatores ambientais que podem influenciar as lesões, prometendo trazer benefícios significativos para o esporte.