De acordo com Michele, Carlinhos foi brutalmente agredido por dois colegas em 9 de abril, dentro do banheiro da escola. Essa não foi a primeira vez que o garoto foi alvo de violência. Em março, ele já havia sido agredido, o que motivou a família a considerar a troca de escola. No entanto, o jovem se recusou a mudar para proteger seus amigos menores, que eram alvo dos mesmos agressores.
“Ele falou assim: ‘mãe, eu não quero sair porque eu sou o maior da minha turma’. Porquê os amigos dele são todos menores, pequenininhos, e ele era grandão pela idade dele. Ele falou que queria defender eles, que queria ficar forte”, desabafou Michele.
A morte de Carlinhos está sendo investigada pela Polícia, que busca esclarecer se o óbito está relacionado às agressões sofridas. O Instituto Médico Legal atestou que o adolescente veio a óbito devido a uma broncopneumonia bilateral e celulite infecciosa no cotovelo. No entanto, um exame necroscópico mais detalhado será realizado para identificar as verdadeiras causas das infecções.
As autoridades públicas e a escola estão sob escrutínio, diante das denúncias de bullying e omissão de socorro. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo negou as agressões, porém afirmou que está apurando os fatos. Alunos relataram a falta de câmeras de segurança nos banheiros e a existência de um grupo responsável pelas agressões.
O desfecho trágico desse caso levanta discussões sobre a segurança e o acolhimento nas escolas, além de evidenciar a gravidade do bullying e suas consequências devastadoras. A sociedade espera por justiça e por mudanças efetivas para prevenir futuras tragédias como a que vitimou o jovem Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazara.