Segundo Rodrigues, o incêndio começou no colchão de um quarto vazio e rapidamente se espalhou, levando à correria e ao desespero dos residentes. Ele morava na Pousada Garoa há mais de um ano e descreveu seu quarto como um espaço pequeno e apertado no segundo andar do prédio.
A maioria das vítimas eram idosos que não conseguiram escapar do local, com corpos sendo encontrados carbonizados. As autoridades investigam as causas do incêndio, e a Defesa Civil levanta a possibilidade de ter sido criminoso.
Outro sobrevivente, Tiago de Almeida de Sousa, de 35 anos, também compartilhou sua experiência assustadora. Ele sofreu queimaduras nas mãos e nos braços, além de escoriações de quedas durante a fuga desesperada do fogo. Um amigo de trabalho não conseguiu escapar e perdeu a vida dentro do prédio.
O cenário das pensões afetadas era de precariedade, com infestação de pragas e condições desumanas. Marco Aurélio de Souza, morador do prédio ao lado do incendiado, relatou a situação deplorável em que viviam, com fiações expostas e falta de higiene.
Os sobreviventes tinham um histórico de vulnerabilidade, vivendo nas ruas e pagando o aluguel da pensão com vouchers recebidos de programas sociais. A tragédia em Porto Alegre evidenciou não só a fragilidade das condições de moradia, mas também a importância de medidas de segurança e fiscalização para evitar novas tragédias como essa.