O protesto foi marcado pela obstrução da entrada da universidade com materiais de construção e lixeiras, além da exibição de bandeiras palestinas nas janelas do edifício histórico localizado no centro de Paris. Alunos se reuniram usando o lenço keffiyeh, um símbolo de solidariedade com Gaza, e entoaram palavras de apoio à causa, demonstrando união e engajamento com a questão.
Os estudantes envolvidos no protesto demonstraram determinação em seus discursos, expressando a importância do papel do meio acadêmico na luta contra o genocídio em Gaza. O diretor interino da Sciences Po, Jean Basseres, condenou a ação de bloqueio do prédio, destacando que a polícia havia removido um grupo de estudantes na noite anterior e que estava em negociação com representantes estudantis para encontrar uma solução para a situação.
Esse protesto ocorre em meio a uma série de manifestações semelhantes nos Estados Unidos, onde universidades renomadas enfrentaram tumultos devido a protestos relacionados à guerra Israel-Hamas. A polarização de opiniões entre defensores da liberdade de expressão e estudantes judeus temerosos de que os protestos se transformem em antissemitismo tem marcado esses movimentos em solo americano.
Universidades como Brown, Universidade de Michigan, MIT e Universidade do Sul da Califórnia foram palco de manifestações que resultaram em confrontos com a polícia e detenção de estudantes. O grupo Palestine Legal dos Estados Unidos apresentou uma queixa contra a Universidade de Columbia, após prisões em massa de manifestantes anti-guerra, clamando por investigação do Departamento de Educação dos EUA. O movimento estudantil em prol da causa palestina tem ganhado força e se espalhado para diversas instituições de ensino ao redor do mundo, com a intenção de pressionar por mudanças e justiça em relação ao conflito em Gaza.