Estudantes bloqueiam acesso à Sciences Po, em Paris, em protesto contra a guerra na Faixa de Gaza e ações de Israel.

Na noite da última quinta-feira (25), estudantes da Universidade Sciences Po, em Paris, protagonizaram um marcante ato de protesto bloqueando o acesso às instalações da renomada instituição de ensino superior. O motivo do protesto era a guerra em curso na Faixa de Gaza, e os manifestantes exigiam que a universidade condenasse as ações de Israel na região. Essa manifestação se alinha com outros movimentos semelhantes ocorridos em universidades dos Estados Unidos, evidenciando uma crescente mobilização estudantil em prol da causa palestina.

O protesto foi marcado pela obstrução da entrada da universidade com materiais de construção e lixeiras, além da exibição de bandeiras palestinas nas janelas do edifício histórico localizado no centro de Paris. Alunos se reuniram usando o lenço keffiyeh, um símbolo de solidariedade com Gaza, e entoaram palavras de apoio à causa, demonstrando união e engajamento com a questão.

Os estudantes envolvidos no protesto demonstraram determinação em seus discursos, expressando a importância do papel do meio acadêmico na luta contra o genocídio em Gaza. O diretor interino da Sciences Po, Jean Basseres, condenou a ação de bloqueio do prédio, destacando que a polícia havia removido um grupo de estudantes na noite anterior e que estava em negociação com representantes estudantis para encontrar uma solução para a situação.

Esse protesto ocorre em meio a uma série de manifestações semelhantes nos Estados Unidos, onde universidades renomadas enfrentaram tumultos devido a protestos relacionados à guerra Israel-Hamas. A polarização de opiniões entre defensores da liberdade de expressão e estudantes judeus temerosos de que os protestos se transformem em antissemitismo tem marcado esses movimentos em solo americano.

Universidades como Brown, Universidade de Michigan, MIT e Universidade do Sul da Califórnia foram palco de manifestações que resultaram em confrontos com a polícia e detenção de estudantes. O grupo Palestine Legal dos Estados Unidos apresentou uma queixa contra a Universidade de Columbia, após prisões em massa de manifestantes anti-guerra, clamando por investigação do Departamento de Educação dos EUA. O movimento estudantil em prol da causa palestina tem ganhado força e se espalhado para diversas instituições de ensino ao redor do mundo, com a intenção de pressionar por mudanças e justiça em relação ao conflito em Gaza.

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